
Jurei que nunca usaria sapatos barefoot — Agora não quero outra coisa
Jurei que nunca usaria sapatos barefoot — Agora não quero outra coisa
Publicado em abril de 2025
Da primeira vez que vi sapatos barefoot, ri-me. Largos, achatados, estranhos — pareciam sapatos de outro planeta. Definitivamente não era o que eu chamaria de estilo. E no entanto... aqui estou eu, um mês depois, a perguntar-me como consegui viver sem eles.

"Quando encomendas algo que nem sabes se terás coragem de usar."
Dia 1: Quando o meu orgulho levou um choque
Abri a caixa e logo pensei: "O que é que eu fui fazer?". Eram tão diferentes do que estava habituada a usar. Demorei vinte minutos até conseguir calçá-los.
Quando finalmente os calcei, caminhei pela casa entre o riso e a dúvida. Eram tão leves. Pela primeira vez em anos, os meus dedos podiam mexer-se livremente. Estranho... mas incrivelmente libertador.
Dia 3: Quando voltei a sentir
Após três dias, algo mudou. De repente, sentia o chão — texturas, irregularidades, até diferenças de temperatura. Não era desconfortável. Era real.
A minha postura melhorou naturalmente. A tensão nas costas diminuiu. Percebi que, durante toda a vida, caminhei a bater com força no solo, sem consciência. Agora, cada passo era leve e atento.

"Ao terceiro dia, os meus dedos estavam numa festa de reencontro."

"Algures no caminho, deixei de me preocupar com os olhares."
Semana 2: Quando deixei de pedir desculpa
Nos primeiros dias, sentia necessidade de justificar: "São bons para a postura", "Fazem bem aos pés", dizia envergonhada.
Na segunda semana, isso acabou. Ninguém prestava atenção — e mesmo que prestassem, já não me importava. Caminhava diferente. Sentia-me diferente. E isso bastava.
Hoje: Quando escolhi ser eu própria
Hoje, não consigo imaginar voltar aos "sapatos normais". Saltos altos, sapatilhas rígidas, solas duras — tudo isso parece castigo agora.
Os sapatos barefoot mudaram não só os meus pés, mas toda a minha forma de estar. Mais livre. Mais consciente. Mais viva.

"Nível de sorriso: 100. Nível de dor: 0."
Conclusão: Caminha à tua maneira
Que olhem, que julguem, que questionem. Eu estou demasiado ocupada a caminhar livremente, a sorrir de verdade, e a viver cada passo — descalça e orgulhosa.